Em 70 anos não aprendemos nada!

Em 1947, o Bureau executivo da American Anthropological Association submete à Comissão dos Direitos do Homem das Nações Unidas um projeto de declaração, “A Statement on Human Rights” (in American Anthropologist, 1947):
"(...) 1º- O indivíduo realiza sua personalidade pela cultura; o respeito das diferenças individuais conduz então a um respeito das diferenças culturais; 2º-O respeito das diferenças entre culturas é válido pelo fato científico que mostra que nenhuma técnica de avaliação das culturas foi descoberta. Por isso, os objetivos que guiam a vida de um povo são evidentes por si mesmos na sua significação para esse povo e não devem ser ultrapassados por um outro ponto de vista, incluído o das pseudoverdades eternas; 3º-Os padrões e os valores são relativos à cultura da qual são resultados, de tal modo que todas as tentativas para formular postulados que derivam das crenças ou dos códigos morais de uma cultura devem, nessa medida, ser retiradas da aplicação de toda Declaração dos Direitos do Homem à humanidade inteira.”

Há mais de 70 anos foi reconhecida a diversidade cultural como fator intrínseco à condição humana no planeta; 
Há mais de 70 anos já se recomendava o respeito à diversidade de culturas como meio de garantir a universalização dos direitos do homem;
Há mais de 70 anos se recomendava o afastamento das "pseudoverdades eternas" do mundo dos direitos universais;
Há mais de 70 anos... e continuamos a repetir os mesmos erros.

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